sábado, 11 de julho de 2009
Eu quebro o silêncio da noite enquanto derramo lágrimas salgadas de dor, de mágoa, sentimento que antes entendia que jamais poderia sentir, ou até transmitr a outro alguém, e hoje, me vejo caída sobre o chão gelado de onde me encontro, e me afundo nos sentimentos mais impuros para poder me ver livre de julgamentos feitos por mim. Ao me ver em um quarto escuro, onde nada há por perto, sinto o coração repartido em mil pedaços e espalhados pelo corpo, onde não há finito. O arrepio que sobe pelo corpo, me faz feixar os olhos e sonhar, pensar, e até interagir na imaginação, porém, ao abrir-los nada mudou e o peito se sente oprimido sem poder se libertar novamente. Mas uma vez, sozinha, tento achar a saída de uma cabeça vazia, de um coração partido, de mil explicações futeis. Meus passos foram se tornando pequenos para uma multidão de andares que ia subindo, e quanto mais alto, mais meu desejo de chegar se tornava real, e por mais que nao tivesse uma tola explicação para isso, eu sabia que era sede de me ver longe do que eu sentia, do que eu mentia pra mim mesma. Eu relembrei, passei por tudo o que já vivi, foi você o real motivo para minhas lágrimas serem doloridas, me ensinava a viver, me fazia rir e no final, se foi e ao dizer tchau, apenas acenou, fazendo com que eu criasse esperanças sobre você. De olhar por fora, ninguém entederá, ninguem saberá o que se passa, mais eu sei que no fundo, me sinto suja, me sinto pior do que qualquer pessoa se sentiria, sabendo que nao foi boa suficiente pra se garantir, e eu chorava, apenas fazia isso, não pensava em mais nada além de você, dos seus momentos, e de tudo o que um dia foi real na minha mente. A cantoria que saia de mim, apenas quebrava o silêncio que já havia se refeito, e foram longas músicas que aprendi quando convivi com você, eram músicas que transmitiam amor em cada palavra, sentimentos puros que faziam o coração bater descompassado. Não havia mais de onde tirar dúvidas, e a cabeça se envolvia num lance de escuridão e eu parava o olhar num ponto qualquer e sentia aquela vibração que não podia explicar, mais sentia. Sim, eu sentia falta, e eram em poucas palavras que eu poderia dizer-te isso, porém você não deixou, me calou com o polegar e se foi, não acreditou em um sentimento que brotava aqui dentro, vivi uma grande ilusão depois que você resolveu ir. As mãos se tornavam geladas com a saudade que crescia dentro do peito oprimido, e tudo o que se era dito, jamais seria esquecido, e por mais que tudo fosse apenas uma sensação de perda, seria tão eterno quanto essas palavras escritas com o coração machucado.
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