domingo, 19 de dezembro de 2010

       Eu sonhei. Absorvi tantas coisas e descreveria tudo com tanta facilidade quanto um corpo treme a um toque. Sonhei com um céu totalmente estrelado, em uma noite de calor, em um lugar tão distante de tudo e que eu poderia ver o luar sem palavras ao meu ouvido, sem luzes ao atrapalhar, sem nada que me envolvesse a atenção maior. E para cada estrela em que meu olhar se guiava, era um pedido, haviam tantas estrelas e tão poucos pedidos, então permaneci somente a espera de que ideias voassem a minha cabeça, à minha mente. Eu sentia uma paz tão maravilhosa no interior do meu corpo que as lágrimas afloraram rapidamente, sem vergonha ou medo, deslizaram sobre meu rosto tenso e machucado de tantos pesares, logo em seguida, uma brisa leve e calma passou por mim, trazendo consigo todo amor e aconchego de uma só brisa, fazendo com que as lágrimas secassem e as duvidas fossem consigo, dentro de mim, ficou um vazio, porém um vazio muito bom de sentir, sem escuridão, somente um vazio.
       Ao me sentar, senti o corpo leve, desta vez, meu olhar se direcionava a vários ângulos, e infelizmente a mente não conhecia o local onde o corpo se mantinha, era um verde vasto sem presença nenhuma a minha frente, e ao olhar para cima, a lua guiava cada passo de quem o meu coração pertencia, em um ato instintivo, o olhar se guiou para traz, de onde vinha alguém, e de tão longe o corpo não sentia presenças, não sentia nada de tão leve que estava. Aproximação. Calor. Um suspiro forte saiu pela boca e os olhos se estreitaram com dificuldade até o coração bater mais forte, nenhum som era emitido em minha volta além das batidas descompassadas de um coração. Seus olhos me transmitiam arrepio, nada além de nós sabiamos o que era ter algo diferente dentro do peito, que batia e batia, as vezes, sem muita atenção, porém continuava ali. E seus passos iam se aproximando cada vez mais, meu corpo se mantinha tão forte momentos antes e naquele momento, tudo tremia, até o chão deixou de ser firme.
       Não houveram palavras, porém um abraço disse tudo, eu sentia o calor de seu corpo transcorrer por todo o meu, causando impacto e afeição. Em uma tentativa de fala, o som de uma brisa ao meu ouvido impediu qualquer outro contato porém minha mão já tocava a sua e meus pensamentos se embalavam freneticamente dentro de ideias que eu nem sabia que existiam.
       Os olhos se abriram e a impaciencia juntamente com a decepção invadiram totalmente o dia, deixando tudo ser uma causa grande. Apenas um sonho. Mais uma vez, só um sonho!

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