terça-feira, 15 de novembro de 2011
Diante de cada lágrima que desliza no rosto, eu acho um motivo pra não desistir do amor. Faceiro e complicado, abre feridas sobre o corpo e a alma se sente deslocada, não há o que fazer. Desastrado e perigoso, deixa cicatrizes no coração, que já fragilizado, busca socorro nos efeitos colaterais que o corpo transmite sem pressa. No momento, as palavras se perdem e confusas são repassadas ao cérebro. A felicidade vai escapando sorrateira e deixando que a tristeza tome conta de todas as partes, fazendo com que a situação se encaixe perfeitamente em cada letra de música. Se fechar os olhos, a escuridão deixa seus lábios trêmulos e novamente volta a sensação de solidão e o coração aceitando os comandos, doi. Se quebra. O mundo vai desabando na cabeça e seus pedaços caiem ao lado, onde o chão se torna gelado e nem mesmo a temperatura deixa o corpo acordado; olhando pra cima, o teto parece limitado e as estrelas não chegam ao campo de visão, deixando de transparecer infinito sentimento. Um soco é dado sobre o concreto da parede e mesmo que os dedos inchem, nada se sente além de uma leve dormencia, a raiva toma frente e joga sobre os ombros um peso ilimitado, onde é deferido vários outros socos até que o corpo se canse e despenque para o chão, imerso em sua maior fragilidade. Cada pensamento uma decisão. Cada ser uma reação. Cada ação um medo. O suspiro acaba com todas as energias e o sono abraça para que a dor se limite um pouco ao que ela pode consumir. Esquecer aquele momento e ter bons sonhos é inevitável para recuperar em si, o que o bom ainda pode trazer.
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